As criações de Santos Dumont, pai da aviação

p3-3

Conhecido por todos nós como “o pai da aviação“, Alberto Santos Dumont (1873-1932) teve seu maior feito a partir de uma pequena aeronave conhecida como “14-Bis“. Em 23 de outubro de 1906, ele trouxe olhares atentos aos céus de Paris para testemunhar o primeiro voo de um aparelho com asas mais pesado do que o ar.

Porém, o brasileiro, filho de Henrique Dumont, rico fazendeiro, e de Francisca Santos Dumont, de família portuguesa, não resumiu sua carreira a uma única criação. Entre elas estão grandes aeronaves, como balões motorizados, e o Demoiselle, seu avião favorito, que inspira a mais importante estampa da nossa coleção H3.

p3-5Estampa especial em homenagem a Santos Dumont traz uma carta dele, feita a próprio punho, e o croqui de sua aeronave Demoiselle

Desde criança, o sonho de Santos Dumont era criar algo que permitisse ao homem voar com dirigibilidade, controlando seu próprio curso. Passou, portanto, a adolescência observando os pássaros e estudando sua constituição física.

Sua efetiva entrada ao universo das invenções teve início ao fim do século 19, quando o motor a combustão interna era a sensação das exposições na França. Visitando o país dos seus avós, ficou fascinado pelos mecanismos e engenhosidades que surgiam na Europa e decidiu retornar à capital Paris para estudos, na intenção de poder aplicar suas ideias.

Nascido em Minas Gerais, em 20 de julho de 1873, com apenas 18 anos, Dumont foi emancipado de sua família e recebeu do pai títulos de renda e ações, o que lhe permitiu financiar suas experiências e aprender tudo sobre motores a explosão.

Não tardou para que suas primeiras criações bem sucedidas logo surgissem – obviamente, sugerindo a conquista dos céus pelo homem.

p3-4
O jovem emancipado Santos Dumont

O “Brasil”, seu primeiro balão, tinha apenas 15 kg, e inspirou o seu “Nº1”, primeiro de uma série de balões motorizados. Em setembro de 1898, sob o comando de Santos Dumont, o balão ganhou os céus, chegando a altura de 400 metros e retornando ao mesmo ponto de partida.

Construindo balões sucessivamente e realizando com eles várias experiências, foi descobrindo os mistérios da navegação aérea.

Seu balão “Nº3” já era equipado um motor a gasolina. Porém, foi pilotando o balão “Nº6” que ganhou notoriedade entre a cena de inventores, ao conquistar o famoso prêmio “Deustche”. Em 1900, o milionário francês Deutsch de la Meurth lançou um desafio aos construtores de dirigíveis: “aquele que conseguir partir do Campo de Saint-Cloud, fazer à olta a Torre Eiffel, e voltar ao ponto de partida em 30 minutos, ganhará 100 mil francos”.

Com um motor de 16HP, Dumont arrematou a façanha, tornando-se respeitado entre desenvolvedores e entusiastas. O valor do prêmio foi distribuído entre seus mecânicos e auxiliares e o restante aos necessitados.

p3

Com o balão “Nº9”, Dumont passou a transportar pessoas nos voos que fazia. Foi através dele que a cubana Aída de Acosta se tornou a primeira mulher no mundo a voar. E de tanto cruzar os céus de Paris carregando pessoas, recebeu o apelido de “Le Petit Santos” seu balão “Nº10”, maior que os outros, foi denominado “um dirigível ônibus”, pelo próprio Santos Dumont.

O dia 13 de setembro de 1906 foi um dia para entrar na história. A bordo do sua aeronave com asas“14-BIS”, Dumont executou em Paris o primeiro voo em um aparelho mais pesado que o ar, alcançando uma distância aproximada de 60 metros, voando entre dois e três metros do chão.

No entanto, foi em 1908 que Santos Dumont construiu sua obra-prima: “Demoiselle“, cujo desenho serviria de modelo a todos os projetistas que se seguiram. Tudo nela era criação de Dumont, inclusive o motor. Em 1910, na primeira exposição da Aeronáutica realizada no Grand Palais de Paris, o “Demoiselle” foi um sucesso.

d3

Ainda em 1910, Dumont encerrou sua carreira como inventor. Passou a supervisionar as indústrias de aviação que surgiram na Europa. Doente, resolveu voltar ao Brasil. Em 8 de dezembro de 1914, ao ver seu invento ser usado para bombardear a cidade de Colônia, na Alemanha, Dumont se decepcionou com sua invenção. Faleceu em 23 de julho de 1932.

Celebre a devida homenagem a este grande brasileiro através da nossa coleção!

p3-6

Imagens: Reprodução
Via E-biografias

Deixe aqui sua opinião