Asas rotativas: pairando no efeito solo

O chamado “efeito solo” na aviação nada mais é do que a manifestação da famosa Terceira Lei de Newton, que coloca que para toda ação há sempre uma reação!

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No caso do voo de helicóptero, o fluxo de ar induzido pela rotação das pás do rotor principal gera uma pressão na parte inferior da aeronave. A reação à força gerada por esse fluxo no solo gera uma sustentação extra, o que a faz “pairar”.

Os principais fatores para a geração de efeito solo são a direção e a quantidade de ar deslocado. Dessa forma, o ângulo de ataque contribui mais para o fenômeno do que a rotação em si. Para entender melhor o que se passa, assista ao registro em vídeo do efeito solo:

O efeito solo acontece com a aeronave em voo pairado a uma altura máxima de metade do diâmetro do rotor. Essa atividade é conhecida internacionalmente por In Ground Effect (IGE) ou “dentro do Efeito de Solo”, e Out Ground Effect (OGE) ou “fora do Efeito de Solo”.

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Todos os manuais de operação de helicóptero trazem gráficos de desempenho para voos pairados, tanto para IGE quanto OGE. Isso permite que o piloto possa prever o desempenho de seu helicóptero em voos pairados, tendo por base a altitude, densidade e peso específicos da aeronave.

Vale destacar que o benefício máximo em voos pairados é sempre alcançado sobre uma superfície dura, como o concreto. Quando um helicóptero paira sobre uma superfície líquida ou de terra, uma parte da energia é absorvida através do deslocamento da superfície. A perda permite que o fluxo induzido aumente de velocidade, diminuindo a sustentação.

Veja também como evitar o estado de vórtice, que pode ser causado pelo voo pairado fora do efeito solo!

Imagens: Reprodução

Via Piloto Policial  e Teoria de Voo (SILVA, Ramón Eduardo)

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