Bacia petrolífera de Campos já opera com sistema pioneiro ADS-B

A Bacia Petrolífera de Campos, no Rio de Janeiro, é a região marítima onde estão localizadas as plataformas de petróleo e gás, local com grande movimentação de helicópteros. Porém, como os helicópteros voam em baixa altitude na região, o controle do tráfego aéreo na maior parte da área oceânica é baseado em procedimentos não-radar, o que reduz significativamente a capacidade de controle do espaço aéreo e a eficiência das operações aéreas, sobretudo para operações sob regras de voo por instrumento (IFR).

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Contudo, com a implantação do Sistema ADS-B na Bacia de Campos as mudanças possibilitarão um grande avanço para a segurança aérea do país. “Operacionalmente para a Petrobrás, que atualmente conta com aproximadamente 120 voos por dia só na Bacia de Campos, é um ganho enorme, tanto para a qualidade quanto para a segurança da operação”, afirmou o gerente de Transporte Aéreo Off-Shore da Petrobrás, Clayton Monteiro Mendes.

Confira mais detalhes dessa inovação e o que muda neste vídeo, especialmente o que muda em relação à segurança dos voos:

Como você pode ver, o emprego do Sistema ADS-B na Bacia de Campos possibilitará o acompanhamento do voo de aeronaves em baixa altitude na região oceânica e disponibilizará melhores trajetórias e perfis de voo de interesse das empresas petrolíferas, proporcionando melhores condições de segurança e de gerenciamento do tráfego aéreo na região.

Tecnologia ADS-B vai complementar o sistema já existente

“Assim será proporcionada a cobertura e identificação das aeronaves em uma distância e altitude que os sistemas convencionais de radares não conseguem fazer. Permite que o sistema transmita mais informações entre a aeronave e órgão de controle, com uma frequência de atualização de dados muito maior. O controlador de voo, em muitas ocasiões, nem vai precisar falar”, esclareceu o Major-Brigadeiro do Ar Carlos Minelli de Sá, Presidente da CISCEA.

O Sistema ADS-B emprega estações distribuídas no continente e nas plataformas de petróleo e gás, em quantidade suficiente para a cobertura necessária ao serviço de tráfego aéreo.

Mudanças são consideradas como Desafio e Oportunidade

Para o superintendente de Gestão da Navegação Aérea da Infraero, Marcus Vinícius do Amaral Gurgel, a implantação do sistema foi um grande desafio e oportunidade. “A necessidade de implementar a nova tecnologia e a coordenação da regulamentação com diversas empresas trabalhando em conjunto foi um grande desafio para nós e também uma grande oportunidade de trabalhar com a Petrobrás, ANAC (Agência Nacional de aviação Civil), DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), CISCEA e Infraero e de desenvolver uma solução que não é importante só para o controle do tráfego aéreo, mas também para a segurança do país”, destacou. Na infografia abaixo você confere como a tecnologia irá funcionar:

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O Sistema de Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B, do inglês Automatic Dependent Surveillance – Broadcast) implantado no Controle de Aproximação de Macaé, RJ, é uma tecnologia pioneira que representa o cumprimento de mais uma etapa do Programa Sirius.

Para entender mais um pouco sobre as mudanças que devem ocorrer até o final de 2016 em relação ao controle e monitoramento do espaço aéreo brasileiro confira também este post AQUI!

Até a próxima aventura e Bons Ventos!

Fonte: Informações  Asessoria de Imprensa do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e  Blog Sobrevoo (escrito por Daniel Marinho)

Imagens: Reprodução / Blog Sobrevoo

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