Barão Vermelho, o ás dos ases da Primeira Guerra

Via Deutsche Welle

A contar de sua invenção, no início do século 20, os aviões rapidamente se revelaram uma das mais eficientes ferramentas de guerra, transferindo o campo de batalha da terra firme para o ar.

Frotas aéreas sob propósito militar aumentaram assombrosamente a partir da Primeira Guerra Mundial. Foi quando grandes pilotos se destacaram, sendo chamados “ases” e adquirindo fama lendária por seus feitos.

Talvez o nome mais conhecido seja Manfred Von Richthofen, o mais conhecido piloto alemão da Grande Guerra.

barão vermelhoImagem: Reprodução Wikipedia

barão vermelho1Imagem: Reprodução Bowersflybaby

Sua fama extrapolou as fronteiras da Alemanha e ainda hoje é considerado por entusiastas da aviação militar como o “ás dos ases”. Muito bem-sucedido, o líder militar e piloto combatente venceu nada menos que 80 combates aéreos para os alemães, sendo apelidado“Diabo Vermelho” pelos franceses e “Barão Vermelho” pelos ingleses.

Nascido em 1892, como muitos dos filhos da nobreza da época, Richthofen ingressou no corpo de cadetes imperiais aos dez anos de idade. Posteriormente, tornou-se oficial de cavalaria até que pediu transferência para a recém-criada Força Aérea. Após participar de voos de reconhecimento e bombardeios, no início de 1916, o tenente Richthofen passou a receber a formação de piloto de caça.

Ele destacou-se por sua agressividade e, em pouco tempo, derrubou 16 aviões franceses e ingleses, o que lhe rendeu o Pour le Mérite, a honraria militar mais elevada da Alemanha na época, e o posto de capitão de esquadra. Tratava seus adversários com a mesma ambição de um caçador por um animal selvagem e, por vezes, derrubava até dois ou três caças por dia.

barão vermelho aviãoImagem: Reprodução Hubpages

O avião que mais se associou ao ás foi um modelo triplano Fokker Dr. I (que Von Richthoffen mandou pintar de vermelho para provocar seus adversários), projetado por Anthony Fokker. Era um avião de caça pequeno, tendo como principal arma sua agilidade e velocidade de decolagem.

Em manobras, era impossível colocá-lo em mira. Porém, se seguisse um rumo fixo, tornava-se um alvo fácil – provavelmente, o motivo que causou a morte de Richthofen.

Em 21 de abril de 1918, pouco antes de completar 26 anos, foi atacado pelas costas pelo piloto canadense Roy Brown, enquanto perseguia sua vítima de número 81. Ao mesmo tempo, infantes australianos dispararam do solo suas metralhadoras contra ele. O Barão Vermelho foi atingido por um tiro mortal.

barão vermelho mortoDestroços do Barão Vermelho abatido | Imagem: Reprodução Shmoop.com

Respeitado e temido pelos oponentes, quando finalmente foi derrotado, terminou tratado como herói. Mesmo sendo alemão, após sua morte, seu corpo foi velado e enterrado pelos Aliados no norte da França, recebendo todas as honrarias militares.

A popularização do seu mito foi propagada com ajuda da companhia aérea Lufthansa, que aproveitou durante muito tempo a popularidade do piloto em suas campanhas publicitárias no mercado norte-americano.

Atualmente, réplicas do triplano Fokker  estão expostas na maioria dos museus de tecnologia e aviação do mundo. “Manfred von Richthofen” virou nome de esquadras, quartéis, praças e ruas na Alemanha.

barão vermelho pinturaImagem: Reprodução Daily Mail

Escrita pelo próprio piloto, a biografia “Der rote Kampfflieger” (“O piloto de combate vermelho”) conta a carreira do combatente em livro. A primeira edição, publicada em 1917, vendeu mais de 250 mil exemplares em um ano, sendo reeditada várias vezes.

Também o filme “Barão Vermelho” (“The Red Baron) retrata os últimos anos da vida de Richthofen, inspirado em episódios de sua vida amorosa, familiar e em seus embates durante a guerra.

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