Como se tornar um piloto de avião?

O seu sonho é ganhar os céus e ser um piloto de avião? Pense bem: antes de riscar o azul celeste, tudo deve ser muito bem pensado e planejado. Afinal, trata-se de um processo que leva algum tempo e requer considerável dedicação e investimento.

É muito importante ter noção das etapas que formam um piloto: conhecer os requisitos mínimos, quais os exames médicos necessários, onde realizá-los, como o curso é organizado, qual a duração média, onde e quais disciplinas estudar, quais os riscos e – é claro – quanto será necessário desembolsar com tudo isso.

aluno1Imagem: Reprodução Canal Piloto

Existem duas opções de curso profissionalizante para aprender a operar uma aeronave: piloto privado e comercial. Se você possui um avião pessoal, precisa apenas fazer o primeiro. Para trabalhar como funcionário de uma empresa, por sua vez, é necessário fazer os dois cursos – primeiro o privado, depois o comercial.

Cada curso é dividido nos módulos teórico e prático. As aulas teóricas duram em média quatro meses, sendo os estudantes instruídos em assuntos como aerodinâmica, conhecimento de motores, segurança de voo e meteorologia.

Durante o módulo teórico, o aluno tem que realizar alguns exames médicos para incluir em seu dossiê: psicotécnico, radiografia panorâmica, eletroencefalograma e eletrocardiograma com esforço. Também são necessários exames de rotina, como visão, audição, sangue e urina. Aprovado, o aspirante recebe um Certificado Médico Aeronáutico (CMA), que deve ser refeito a cada cinco anos.

aluno2Imagem: Reprodução Canal Piloto

Ao contrário do que acontece com a carteira nacional de habilitação, não é necessário terminar as aulas teóricas para começar as práticas e é possível começar a fazer os dois simultaneamente.  Nas aulas práticas, a quantidade de horas de voo exigidas varia conforme a formação pretendida.  São 35 horas para o privado e 150 horas para o comercial. Quem cursa piloto comercial, pode abater as horas de aula do curso anterior de seu total de aula prática.

Algumas escolas oferecem as aulas teóricas e práticas, outros possuem aulas teóricas e têm parceria com aeroclubes para os alunos cursarem aulas de voo. A cidade não precisa ter um aeroporto para ter curso para piloto. Uma pista particular e um aeroclube cadastrado na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)  são o suficiente.

No fim de cada curso, a escola emite um dossiê com toda a documentação do aluno. A partir daí ele faz uma prova teórica e exame prático com um instrutor da ANAC. A agência não cobra conteúdo de idiomas na prova, mas as empresas do setor geralmente optam por contratar pessoas que tenham proficiência pelo menos em inglês.

aluno3Imagem: Reprodução Diário Catarinense

O curso custa em média de R$ 80 mil a R$ 90 mil, incluindo a mensalidade, as horas de voo e as taxas dos exames. Caso o aluno tenha condições financeiras, é possível se formar com cerca de dois anos. Para se matricular no curso para piloto privado é necessário ter 18 anos na conclusão das aulas e Ensino Fundamental completo.

O curso superior não habilita para o voo, sequer a ANAC exige graduação dos pilotos. Mas para muitos que já estão na área de aviação, a graduação em Ciências Aeronáuticas ajuda a ganhar ainda mais qualificação no mercado de trabalho. Na disputa profissional, ele é um trampolim. Na rígida seleção das linhas aéreas, o curso vale 400 pontos de avaliação.

A formação permite seguir na carreira de gestor em empresa aérea ou que prossiga com as aulas práticas para adquirir a licença para piloto comercial. Com duração de três anos, o investimento médio total é de cerca de R$ 30 mil – porém, as aulas práticas são feitas e pagas à parte.

Saiba mais: http://canalpiloto.com.br/ppa/

Via Diário Catarinense

Deixe aqui sua opinião