Ao se falar sobre velocidade pelos ares, a aeronave Concorde acabou marcando a história da aviação. Apesar de ter encerrado seus voos em 2003, o modelo comercial supersônico ainda hoje é uma referência acerca de viagens comerciais rápidas e confortáveis entre dois pontos distantes do globo.
Porém, a Lockheed Martin está interessada em desbancar o mito. Segundo a companhia, parece que “velocidade” vai ganhar outro nome no mercado: trata-se do N+2, o novo conceito de avião comercial que está sendo desenvolvido pela fabricante de produtos aeroespaciais.
O grupo ainda não informou detalhes oficiais sobre o andamento do projeto, tampouco quando o modelo estará disponível para operar voos comerciais. No entanto, a aeronave está sendo desenvolvida para ser capaz de cumprir uma viagem entre New York e Los Angeles (cerca de 5 mil km de uma costa à outra, nos EUA) em menos de 3 horas de voo.
O avião deverá incluir a capacidade de acomodar até 80 passageiros, utilizando um sistema de propulsão com três turbinas para reduzir os “efeitos colaterais” indesejados dos voos supersônicos.
“Para reduzir o ruído produzido na aviação comercial supersônica de modo realmente revolucionário, um sistema de propulsão completamente inovador está sendo desenvolvido com exclusividade para o N+2”, afirmou o gerente da Lockheed Martin, Michael Buonanno, ao jornal DailyMail.
O AS2, projeto concebido pela parceria entre a Aerion e a Airbus
Contudo, o segmento de voos ultrarrápidos conta com mais concorrentes na jogada. Outro promissor projeto para substituir o Concorde segue sendo elaborado numa parceria entre a Aerion e a Airbus.
O Mach 1.6 AS2, ou tão somente AS2, promete reduzir para menos da metade o tempo do percurso entre as principais capitais mundiais, com destaque para o trajeto entre Nova York e Londres, previsto para ser cumprido em menos de três horas dentro do avião.
Segundo as fabricantes parceiras, o veículo supersônico poderá alcançar velocidades de quase 2 mil quilômetros por hora, quebrando a barreira do som e atingindo uma velocidade máxima de Mach 1,6 (semelhante ao que era alcançado pelo Concorde).
Em desenvolvimento desde 2002, a estimativa do custo do projeto de parceria entre a Aerion e a Airbus é de US$ 100 milhões (cerca de R$ 245 milhões), e a aeronave, com espaço mais do que confortável para 12 passageiros.
A aeronave utiliza uma tecnologia de perfil de aerofólio, desenvolvida pela Aerion, que faz com que o atrito contra a asa caia pela metade ao mesmo tempo em que a resistência aerodinâmica sofre uma redução de 20%. Isso acaba possibilitando que o avião consuma menos combustível e tenha uma autonomia maior antes de precisar ser reabastecido – itens que eram pontos fracos no antigo Concorde.
As expectativas quanto à entrega do projeto são bastante otimistas: os primeiros modelos devem entrar em fase de testes em 2019. A empresa também espera certificar os modelos até 2021 e começar a entregar unidades do AS2 em 2022.
Via Tecmundo
