E se o avião for atingido por um raio, o que acontece?

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Viajar de avião pode ser um momento de grande tensão para muitas pessoas, gerando desconforto desde a espera no aeroporto até a chegada ao destino final. Agora imagine, em meio a todo o nervosismo, presenciar a incidência de um raio sobre a aeronave. As chances de esse fato acontecer não são pequenas, entretanto, na maioria das vezes são imperceptíveis. Estima-se que, em média, todo avião de frota comercial seja atingido levemente por um raio mais de uma vez a cada ano.

Em 2014 a aeronave Boeing 737-800, com 66 passageiros a bordo, da empresa Gol, que fazia o trajeto Brasília-Fortaleza, foi atingida por uma descarga durante uma tempestade. Já em 2015, dois casos foram registrados, em um espaço de tempo de quatro meses. Em abril, os passageiros da empresa Icelandair se assustaram quando um raio atingiu o bico do Boeing 757 da companhia e deixou um rombo na fuselagem. No mês de agosto, um raio caiu diretamente na parte traseira de um Boeing da Delta Airlines que estava na pista de decolagem do Aeroporto Internacional de Hartsfield-Jackson, em Atlanta nos Estados Unidos.

Mesmo que nenhum dos muitos episódios citados tenha se transformado em tragédia, é normal ficarmos apreensivos, nos perguntando se um raio pode causar danos maiores.

raio-causou-estragos-na-fuselagemFuselagem danificada após queda de raio sobre a aeronave

O que acontece de fato quando um raio atinge a aeronave?

Tecnicamente, um raio pode derrubar um avião. Dizemos tecnicamente, pois isso só seria possível, hoje em dia, se o raio atingisse partes que já estivessem suscetíveis a causar problemas. Porém, fique calmo! Visto que, máquinas como essa passam por constantes manutenções, raramente elas irão decolar sem estar em perfeitas condições de voo.

O último registro de acidente aéreo causado por raio está datado do ano de 1967, quando uma descarga atingiu o tanque de combustível de uma aeronave americana, provocando uma explosão catastrófica no céu. Ou seja, já são quase 50 anos sem nenhum acidente aéreo causado por raio. Isso porque desde aquela época, muito se aprendeu sobre o que deveria ser aprimorado, em termos de parte elétrica e de fuselagem, para proteger passageiros e tripulação.

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Equipamento preparado: aeronaves estão protegidas contra raios

Especialistas em aviação e segurança de voo são unânimes em afirmar que as aeronaves estão protegidas contra raios. Na verdade o que garante grande parte da segurança é o material utilizado para confeccionar as aeronaves: o alumínio. Isso porque o metal dos aviões proporciona uma capa externa especialmente projetada para conduzir eletricidade de forma eficiente, fazendo com que, na prática, um raio “entre” por uma ponta do avião e “saia” pela outra sem causar danos.

Todas as partes de um avião são “aterradas” justamente para conduzir a eletricidade uniformemente através de tudo.

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Um dos fatores que pode aumentar um pouco o risco de ser atingido por um raio é voar em altitudes abaixo de 1.800 metros, como fazem os helicópteros. Nessa área, a incidência de raios geralmente é maior. Pelo mesmo motivo, a hora da aterrissagem ou da decolagem é a mais perigosa para os aviões. Por isso, os aeroportos costumam ficar fechados durante as tempestades elétricas.

Veja que apesar do susto, os raios não são prejudiciais ao voo, garantindo assim que o avião continue sendo um dos mais seguros meios de transporte.

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