Tratado por 747, ou simplesmente pelo famoso apelido, o Jumbo é o avião mais conhecido da história da aviação comercial. Desde seu primeiro voo até hoje, é o recordista mundial no número de passageiros transportados, ao longo de mais de 40 anos em operação.
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Tudo começou em 1960, quando a US Air Force lançou uma concorrência para um novo modelo de avião, voltado ao transporte pesado e de alcance estendido. A Boeing apresentou o seu projeto, mas não foi a vencedora. Restou à fabricante oferecer a aeronave para o uso civil – e assim nasceu o modelo 747, com capacidade cerca de duas vezes superior ao maior modelo em uso na época.
O seu lançamento foi feito em 1966, sendo que o primeiro voo ocorreu em fevereiro de 1969. As 25 primeiras encomendas vieram da Pan Am, seguidas por Lufthansa e Japan Airlines. Já em janeiro de 1970, o Jumbo fez sua estreia em voos comerciais, cruzando o Atlântico nas cores da Pan Am, inaugurando assim a era dos wide-body.
Imagem: Reprodução The First Flight Out
De característica quadrimotor turborreator, o jumbo foi o avião que apresentou a primeira configuração double decker da aviação. Ou seja, contendo dois andares – o que constitui sua característica física mais notável: a corcova súpero-anterior.
A Boeing projetou o andar superior ao pavimento para servir como um salão de primeira classe ou para sugerir lugares extras. Da mesma forma, a ideia era permitir que as aeronaves fossem facilmente convertidas em cargueiros, através da remoção de assentos e instalação de uma porta de carga na sua parte dianteira.
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Isto porque, à época de seu desenvolvimento, a Boeing esperava produzir logo aviões supersônicos, o que seria prejudicial ao Jumbo se este não fosse conversível. Inclusive, a empresa esperava vender somente 400 unidades, até que ele se tornasse obsoleto.
Porém, excedendo todas as previsões de críticos do projeto, sua produção ultrapassou a marca de mil exemplares em 1993.
Imagem: Reprodução Widebody Aircraft
O 747-400, a mais conhecida e a segunda versão mais recente, foi a que recebeu a maior quantidade de inovações técnicas e a introdução de novos materiais. As adaptações permitiram uma significativa redução no peso e, portanto, uma redução no consumo de combustível, além da adoção de motores mais silenciosos e de manutenção mais barata.
Com 70,7 metros de comprimento, envergadura de 64,4 metros e capacidade de carga de 412,8 toneladas, o modelo entrou em serviço em 1989, tendo a Northwest Airlines como seu primeiro cliente. Ainda hoje, está entre os aviões mais rápidos em serviço, com velocidade de cruzeiro de aproximadamente 913 km/h e um alcance geodésico aproximado de 13.450 km.
No transporte de pessoas, esta versão modernizada pode acomodar 416 passageiros na configuração típica de três classes, comum em voos internacionais, ou 524 passageiros, típico de duas classes, comum em voos curtos e domésticos.
Imagem: Reprodução Wikimedia
Já no modelo 747-800, a sua versão mais atual, a velocidade foi mantida. Entretanto, a autonomia de voo aumentou para cerca de 14,815 km. O peso máximo de decolagem também foi alterado, ficando em 442.250 kg.
O mesmo aconteceu com o número máximo de passageiros. Passou de 524 para 581, na versão configurada com duas classes. A versão com três classes passou a receber até 467 passageiros.
Apesar de seus méritos para a história da aviação comercial, no entanto, o 747 será em breve substituído pelo Boeing Y3, como parte das diretrizes previstas no “Boeing Yellowstone Project” de desenvolvimento de novos aviões.
Mas vale celebrar seu impressionante legado com o primeiro vídeo promocional do Boeing 747, datado em 1969:
Via Opera Mundi
