O que são e para que servem os tipos de asas de uma aeronave?

As asas são como aerofólios conectados a cada lado da fuselagem. São elas as principais superfícies que mantém o avião em voo: é impossível conceber um avião sem asas! Afinal, graças a elas que uma aeronave desenvolve a reação aerodinâmica em que a força de sustentação prevalece sobre a gravidade, fazendo com que a mesma ganhe o ar.

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A parte lateral da asa, fixada à fuselagem, é chamada de raiz da asa – sendo que no outro extremo está a ponta da asa. A parte lateral dianteira, a primeira a deslocar o fluxo de ar, é chamada de bordo de ataque, enquanto no seu oposto, na parte traseira, está o bordo de fuga.

A parte superior da asa é chamada de extradorso e a inferior de intradorso. Nas asas, ainda existem os elementos móveis, geralmente localizados no bordo de fuga, tendo como função controlar o voo do avião. Esses são chamados de superfícies de controle, como os ailerons e flaps.

Características e configurações das asas das aeronaves

Existem inúmeros projetos de asas: dependendo das características de voo desejadas, elas serão construídas em diferentes formas e tamanhos. Cada um cumpre um determinado objetivo em relação ao desempenho esperado para aquela determinada aeronave, tais como grande sustentação, balanceamento ou estabilidade.

fomato-asas-aeronaves Formatos comuns de asas

Além da configuração dos bordos de ataque e fuga, certas características da asa causam ainda outras variações no projeto. A ponta pode ser quadrada, redonda ou até mesmo pontuda; tanto o bordo de ataque e o de fuga podem ser retos ou curvos. A asa ainda pode ser afilada, de forma que a corda nas pontas seja menor que na raiz da asa, ou enflechada.

Fixação das asas

A estrutura das asas é ainda classificada quanto à sua fixação. Para os aviões de asa baixa e alguns de asa alta, que suportam toda a carga aerodinâmica sem a necessidade de suportes externos, esses conjuntos são chamamos de asa cantilever.

Muitos aviões de asa alta têm um suporte externo de asa que transmitem as cargas de voo e de pouso por meio deles, para a estrutura da fuselagem principal. Uma vez que esses suportes são geralmente instalados a cerca de meio caminho do comprimento da asa, esse tipo de estrutura de asa é chamado semicantilever.

cantilever

Componentes de uma asa fixa

As principais partes estruturais de uma asa são as longarinas, as nervuras e os reforçadores. As longarinas são os principais elementos estruturais da asa, mas são as nervuras que dão o formato aerodinâmico a elas e transmitem os esforços aerodinâmicos do revestimento para a longarina.

Esses conjuntos são reforçados por treliças, vigas, tubos ou outros dispositivos, incluindo o revestimento, que pode ser feito a partir de diferentes tipos de materiais.

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Nas asas de construção com revestimento não estrutural (como as telas) existem ainda os montantes, reforços ou suportes estruturais aplicados às nervuras entre a longarina principal e a traseira. São feitos para suportar os esforços de compressão, enquanto os tirantes ou cabos de aço esticados em diagonal servem para suportar os esforços de tração.

Na maioria dos aviões modernos, os tanques de combustível também são parte integrante da estrutura da asa, ou consistem em recipientes flexíveis montados dentro delas.

As empenagens

A empenagem é o conjunto de superfícies destinadas a estabilizar o voo. Esse conjunto geralmente compreende duas partes, uma vertical e outra horizontal, que compõem toda a cauda da aeronave, consistindo em superfícies fixas e móveis. Essas superfícies se opõem à tendência de guinada (superfície vertical) e de variação do pitch, ou seja, variação da atitude do nariz de subir ou descer (superfície horizontal).

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A superfície horizontal é composta pelo estabilizador horizontal, que é fixo, e pelo profundor, que é móvel. O profundor, que é conectado à parte posterior do estabilizador horizontal, é utilizado para mover o nariz do avião para cima e para baixo durante o voo.

Há empenagens em que a superfície horizontal é inteiriça e toda móvel, sem a divisão estabilizador/profundor. A superfície vertical é composta pelo estabilizador vertical, fixo, e pelo leme de direção móvel, que está ligado à parte traseira do estabilizador vertical.

Durante o voo, ele é usado para mover o nariz para a esquerda ou para a direita. As partes móveis das asas e da empenagem são chamadas de “superfícies de controle” pela função de controlar o voo do avião.

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Via “Conhecimentos Técnicos de Aeronaves” (HOMA, George. 2010)

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