Planador brasileiro que deu a volta ao mundo vira acervo do Museu da TAM

No mês de outubro, o Museu TAM, situado em São Carlos (SP), incorporou ao seu acervo o motoplanador Ximango do brasileiro Gérard Moss, o primeiro piloto a dar a volta ao mundo em moto planador em 2001. O feito foi realizado a bordo da aeronave, projetada no Brasil, e que agora passará a ser exposta ao público.

Apesar de estar em plenas condições de voo, o avião não será mais utilizado devido a sua importância histórica. A oficina de restauração do museu efetuou alguns reparos, como a restauração de sua pintura original, substituição de algumas peças e ajustes de partes mecânicas. O procedimento levou aproximadamente três meses.

slide_1Imagem: Reprodução Mundo Moss

Produzido em fibra de vidro pela Aeromot, no Rio Grande do Sul, o Ximango tem como principais características a boa velocidade, grande autonomia e razão de planeio. O modelo começou a ser produzido no final da década de 1980 pela empresa francesa Aerostructure, da qual a Aeromot comprou os direitos de produzir no Brasil.

O projeto conta com equipamentos, instrumentos e aviônicos dos melhores fornecedores mundiais. A matéria-prima – resinas, tecidos de fibra de vidro, fibra de carbono, aços especiais – é inteiramente processada nas instalações da fabrica, em Porto Alegre (RS).  Obedecendo às rígidas especificações aeronáuticas, o modelo já foi exportado para 15 países, entre os quais os Estados Unidos, a França, a Alemanha, a Suíça e o Japão.

De longas e finas asas, a aeronave tem design elegante e uma envergadura de 17,5 metros. No solo, todo este tamanho poderia eventualmente complicar as manobras de táxi ou a hangaragem. Por isso, conta com um recurso genial: as asas são dobráveis. Antes de voar, fixá-las em posição é uma operação simples, rápida e segura.

Sorocaba_2001_103Imagem: Reprodução

O AMT-200S “Super Ximango”, de dois assentos lado a lado, utiliza motor Rotax 912S com hélice Hoffmann de 3 posições de 170 cm de diâmetro, desenvolvendo 100 HP. Estando equipado com motor, decola por seus próprios meios, dispensando o avião rebocador exigido por planadores não-motorizados.

No Ximango, é possível voar normalmente, com o motor ligado, ou, nas condições meteorológicas ideais, simplesmente se desligar o motor e planar. Com uma boa razão de planeio (31:1), a aeronave funciona perfeitamente como planador puro.

Com a opção de ligar novamente o motor em voo, o que permite permanecer por longo tempo no ar, com nítidas vantagens para a procura de térmicas e eliminando a preocupação de alcançar, planando, a pista de pouso.

Com o motor ligado, a velocidade de cruzeiro de 110 nós (200 km/h) e o alcance de 1.200 km permitem longas viagens com baixo consumo de combustível.

Saiba mais sobre a expedição que o colocou em um volta ao mundo

Via Aeromagazine e Mundo Moss

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