Veja como é o processo de manutenção de um A380

Qualquer veículo motorizado precisa inevitavelmente parar de vez em quando para fazer manutenção, e os aviões comerciais não são uma exceção. Mas você consegue imaginar quão complexo é o processo de revisão de um gigante como um Airbus A380?

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Pois em novembro do ano passado, a Emirates Airlines concluiu o primeiro Check 3C num Airbus A380, a manutenção mais extensa já realizada no modelo até o momento. O processo levou 55 dias, exigindo duas equipes de técnicos e engenheiros que foram responsáveis por retirar, revisar e remontar a maior parte dos sistemas do avião.

O primeiro exemplar a parar para revisão 3C foi o A6-EDA, o primeiro A380 a integrar a frota da empresa, entregue em junho de 2008. Até a revisão, o avião acumulava cerca de 20 milhões de quilômetros voados. Em pouco mais de seis anos, realizou mais de três mil pousos e decolagens, tendo transportado 1,2 milhão de passageiros.

Foram necessários 12 dias para desmontar tudo. No processo, as quatro motores à reação de 6,7 toneladas foram retiradas  junto a outras 1.600 peças – , incluindo 475 assentos da classe econômica e da executiva, 14 suítes de primeira classe, 2 bares, 2 chuveiros, piso, motores, sistemas diversos e partes da cabine de comando.

Sem margem para atrasos, toda a verificação foi meticulosamente planejada, para ser extremamente eficiente, visto que manter hangarada uma aeronave durante um período tão longo é uma despesa enorme. Porém, a manutenção o coloca em pleno serviço, com maior segurança, até o ano de 2020.

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O avião foi totalmente reformado durante o Check 3C. Nós o devolvemos tal como originalmente saiu da fábrica. Em Dubai, operamos aeronaves em algumas das condições mais difíceis do mundo, incluindo temperaturas elevadas e um ambiente de areia. Isso requer ampliar os padrões de manutenção para atender a nossa situação específica“, destacou Colin Disspain, vice-presidente de Engenharia da Emirates.

Segundo a empresa, a fase mais complexa foi a retirada dos motores, que além do grande porte, necessitavam o uso de equipamentos especiais e exigiam perícia extrema no manuseio. Além disso, os trabalhos se tornaram mais complexos devido a substituição de partes do motor, o que se tornou uma exigência devido ao modelo operacional da Emirates.

Foram necessárias duas semanas para a remontagem completa do modelo, que foi concluído com um rigoroso voo de teste. Assista a um time-lapse do processo completo da Emirates:

Via Tecmundo e Aeromagazine

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