Valorize o cenário que permite o seu voo

Toda atividade aérea, da forma como é concebida hoje, simplesmente não existiria se não fosse pela existência de um dos elementos de maior importância a todos os seres vivos: o ar. Fala-se tanto sobre a aviação e suas máquinas maravilhosas, mas pouco é lembrado sobre o “espaço” através do qual o homem voa: a atmosfera.

Em nossa coleção H4, procuramos reforçar essa relação com uma estampa exclusiva para celebrar este “cenário” tão fundamental. Na T-shirt Cloud Cover, a imensidão do céu é reverenciada, como um singelo aviso de que é preciso respeito e admiração. Afinal, ele não pertence a ninguém.

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As especificidades da atmosfera, a camada de moléculas de gases que envolve a Terra, não é tão conhecida como deveria. Ela existe pela ação da força da gravidade e, por essa razão, a quantidade de moléculas de gases é maior em seus estratos mais internos, próximos da superfície.

Embora a quantidade de moléculas se altere com altitude de maneira inversamente proporcional (maior altitude, menor quantidade), sua composição (distribuição entre os tipos de moléculas) é relativamente constante, obedecendo à relação de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases (argônio, dióxido de carbono, etc).

A atmosfera divide-se nas seguintes camadas:

Troposfera: camada mais interna, próxima à superfície e se eleva até aproximadamente 12 km, sendo mais espessa no Equador e mais fina nos pólos. É sua característica conter vapor de água na sua constituição. Nela ocorremos fenômenos meteorológicos. Sua temperatura diminui, em média, dois graus Celsius para cada mil pés de elevação, até -60°C, faixa conhecida como tropopausa, limite com a camada superior, a estratosfera.

Estratosfera: camada imediatamente superior à troposfera. Devido à característica de estabilidade climática, é utilizada pela aviação de jatos comerciais de grande porte. Apresenta uma subcamada entre 15km e 35 km, denominada Ozonosfera, que contém 90%de todo ozônio do planeta. As moléculas de ozônio bloqueiam os raios ultravioletas solares e protegem a superfície da Terra dos efeitos dessa radiação. A temperatura inicialmente estável nas camadas internas se eleva a partir dessa sub-região.

Mesosfera: camada entre 50 e 80 km na qual a temperatura volta a diminuir até -95 °C na porção mais externa.

Termosfera: Camada de espessura variável de acordo com a atividade solar entre 350 km a 700 km. A temperatura se eleva e chega a atingir 1500 °C.

Exosfera, ou camada exterior: camada mais externa constituída por moléculas esparsas, com características semelhantes ao espaço.

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Porém, para o estudo da fisiologia de voo, é interessante dividir a atmosfera em quatro zonas:

Zona indiferente: do nível do mar a 6.600 pés. O organismo humano em suas condições normais tolera bem e não altera sua fisiologia diante da redução do oxigênio disponível na atmosfera decorrente da elevação da altitude nessa faixa.

Zona de compensação total: de 6.600 pés a 10 mil pés.O organismo humano em condições normais é capaz de usar mecanismos de compensação para manter seu funcionamento de forma eficiente e duradoura diante da redução do oxigênio secundária à elevação da altitude(hipóxia hipoxêmica). Essa compensação ocorre basicamente por reajuste dos sistemas circulatório e pulmonar.

Zona de compensação parcial: de 10 mil pés a 25 mil pés. O organismo humano utiliza os mecanismos de compensação diante da redução do oxigênio, porém essa compensação é parcial e temporária. O desempenho do organismo apresenta graus de deficiência de maneira proporcional à elevação da altitude, podendo cursar com falência com o passar do tempo de exposição. O uso de suplementação de oxigênio em ambientes com as pressões de gases correspondentes a essa faixa é necessário.

Zona crítica: acima de 25 mil pés (7,6 Km). O organismo humano entra em colapso em pouco tempo, podendo advir inclusive o óbito, caso oxigênio suplementar não seja prontamente administrado.

Um conceito importante em relação à exposição ao ambiente hipóxico é o Tempo Útil de Consciência (TUC), ou Tempo de Efetivo Desempenho (TED).TUC, ou TED, refere-se ao tempo médio em que o indivíduo exposto a uma condição de baixa pressão de oxigênio na atmosfera mantém a capacidade de tomaras medidas necessárias para correção da situação,porque, caso não o faça, perderá a consciência.

Ele é inversamente proporcional à altitude de exposição. Em condições de pressões equivalentes a 25 mil pés, o indivíduo tem em média 120 segundos de consciência útil. A 35 mil pés esse tempo é de 30 segundos. Caso ocorra atividade motora, esse tempo é ainda menor.

Há ainda dois marcos de altitude, chamados equivalentes atmosféricos, relacionados à fisiologia de voo: o primeiro deles é a altitude em que o uso de oxigênio a100% não é mais suficiente para baixar a hipóxia, sendo necessária a administração de pressão. Essa altitude se situa em torno de 39 mil pés.

O segundo é a altitude em que a água do corpo sob a pressão correspondente entra em ebulição a 37°C,determinando a necessidade imprescindível do uso de trajes pressurizados na exploração do meio aeroespacial. Esse marco se situa entre 62 mil e 63.500 pés.

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Via Fatores Humanos e Aspectos da Medicina Aeroespacial (UNISUL, 2008).

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