Avião presidencial “Santos Dumont” completa dez anos

Em fevereiro deste ano, o Airbus A319 CJ presidencial completou dez anos de sua aquisição. Batizado oficialmente com a nomenclatura do pai da aviação, Santos Dumont, a aeronave ficou conhecida durante um tempo na mídia como “Aerolula”, por conta do ex-presidente que determinou sua compra, em 2004.

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À época, a aeronave custou ao governo US$ 56,7 milhões, decisão justificada pelo Ministério da Defesa como forma de baratear os deslocamentos oficiais e substituir um embaraço nacional chamado “Sucatão”.

Ter um avião próprio, adequado às atuais normas de ruído e emissão de gases, ao invés de optar pelo então fretamento de voos especiais para as viagens presidenciais, representou corte de gastos pela metade, estimando-se desde então uma economia de R$ 5 milhões por ano aos cofres públicos.

Para a tarefa de levar o chefe da nação até seus compromissos, foi escolhido o modelo relativamente econômico Airbus A319 Corporate Jetliner – A319CJ, uma versão modificada do A319 operado no Brasil pelas empresas TAM e Avianca. O avião presidencial foi concebido como uma aeronave militar, pronta para receber o Presidente da República em casos de instabilidade ou até mesmo ameaça de conflito armado.

Sob call-sign “Força Aérea 01”, o A319 ACJ Santos Dumont teve seu projeto interno totalmente personalizado e recebeu equipamentos de segurança especiais. Sua cabine possui 80 metros quadrados e abriga uma suíte com chuveiro, entre outros ajustes específicos. Em média, comporta 50 passageiros e pode executar voos de Brasília a Paris, a Nova York, a Quebec ou a Washington sem escalas.

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aerolula4Imagens: Reprodução

Com contrato assinado em 6 de fevereiro de 2004, o avião chegou ao Brasil em 14 de janeiro de 2005, vindo Hamburgo, na Alemanha. O então presidente Lula o estreou quatro dias depois, no dia 19, com uma viagem à cidade de Tabatinga (AM) para o relançamento do Projeto Rondon.

Já o primeiro voo do aparelho para o exterior ocorreu logo depois, no dia 27 de janeiro, levando Lula e comitiva para Zurique, na Suíça, para participar do encontro anual do Fórum Econômico Mundial.  O voo mais longo do Santos Dumont foi entre Glasgow, na Escócia, e Brasília, numa distância de 5.100 milhas náuticas (ou 9.445 km).

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Obtendo manutenção cuidadosa e frequente, o Santos Dumont ainda não pode ser considerado uma aeronave “velha”, mas é, sem dúvida, um avião rodado. Estima-se que o avião presidencial tenha mais de 9 mil horas de voo, realizando um espantoso número de pousos: cerca de 6.800.

Há alguns meses, o Palácio do Planalto desmentiu que a presidente Dilma tivesse a intenção de comprar um avião maior e mais novo para atender à Presidência. Resta saber agora quem irá ocupá-lo pelos próximos quatro anos.

Conheça a sua Ficha Técnica:

Tipo: Presidencial
Fabricante: Airbus
Capacidade: 26 passageiros e 12 tripulantes
Comprimento: 33,84 metros
Envergadura: 34,1 metros
Altura:  11,76 metros
Peso: 75 toneladas
Peso máx. decolagem: 45 toneladas
Motorização: 2 (IAE V2527M – A5 Turbofan, de 27000 lb de empuxo)
Alcance (MTOW): 8.500 km

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Via Wikipedia e Revista Veja

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