Guerra do Contestado: o batismo do avião em operações militares no Brasil

 

avião em operações militares no Brasil
Aeroplano Morane-Saulnier

O Aeroplano Morane-Saulnier tornou-se notável por ser a primeira aeronave a possuir uma metralhadora montada de tal forma que atirava por dentro do arco da hélice blindada. Esta mesma aeronave foi capturada pelos alemães que, aperfeiçoaram o modelo e criaram um dispositivo que sincronizava o tiro das armas com o giro da hélice, eliminando a necessidade de blindagem. Foi oficializado como o primeiro avião da Guerra do Contestado – denominação de uma região em que os estados de Santa Catarina (áreas oeste e noroeste) e Paraná (áreas sul e sudoeste) mantinham uma disputa por divisa territorial.

O empreendimento aeronáutico sobrevém de maneira precipitada em setembro de 1914, dispensando maiores preparativos. A façanha, em um primeiro momento, não despertou dificuldades na mente dos arrojados estrategistas e aviadores brasileiros. A missão para o pioneiro da aviação Ricardo Kirk vinha ao encontro de suas antigas aspirações: provar ao governo a utilidade e as vantagens do emprego de aviões no campo militar. Em verdade, a utilidade do emprego de aviões para fins militares já era um fato consumado em todo o mundo, embora ainda com muitas limitações funcionais.

Sob forte apoio popular e da imprensa, cinco aviões foram embarcados às pressas de trem rumo ao sul. Durante o caminho, fagulhas lançadas pela locomotiva, atingiram um galão de gasolina armazenado em um dos vagões que transportavam as aeronaves desmontadas. O fogo se alastrou rapidamente, destruindo várias partes dos aviões. Depois do acidente, poucos permaneceram em condições de voo. Outrora, confiantes, a viagem prosseguiu cheia de incertezas rumo ao Contestado, desembarcando apenas três aeronaves em condições operacionais, entre eles estava o Aeroplano Morane-Saulnier, que hoje é visto como um clássico da aviação.

Guerras à parte confira a história do Comandante Rolim, o homem que humanizou a aviação comercial.

Fonte: http://www.historiamilitar.com.br/

Deixe aqui sua opinião