Restos mortais da aviadora Amelia Earhart podem ter sido encontrados

Todo fã de aviação já ouviu falar de Amelia Earhart. Destemida e muito ousada para a época em que viveu, foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico, além de ter sido autora de vários outros feitos aeronáuticos que quebravam tabus em relação à posição da mulher na sociedade.

Amelia, entretanto, desapareceu misteriosamente durante a tentativa de voar ao redor do mundo a bordo de seu Lockheed L10 Electra, em junho de 1937. Acredita-se que o avião caiu em algum lugar do Oceano Pacífico, porém nenhuma certeza até hoje foi documentada.hangar-33-amelia-earhart-1

Segundo revelações recentes do Grupo Internacional de Recuperação da História Aeronáutica (TIGHAR) nos EUA, parece que o destino da piloto pode ser muito mais triste do que se imaginava. Os pesquisadores do instituto acreditam que ela morreu como uma náufraga em uma ilha.

Cerca de quatro meses após a sua decolagem, Amelia começou a ficar com pouco combustível, enquanto tentava encontrar a Ilha Howland. Tanto ela quanto seu engenheiro de bordo, Fred Noonan, foram vistos pela última vez nos radares no dia 2 de junho daquele ano.

Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas se estima que eles não morreram durante o voo ou pela queda da aeronave devido à falta de combustível. Há suspeitas concretas de que a dupla tenha desembarcado em uma ilha chamada Nikumaroro, a cerca de 400 milhas a sudeste da Ilha Howland.

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Conforme investigações, pessoas da área ouviram chamadas de socorro vindas do rádio de um avião, e que foram decodificadas. No caso, a aterrissagem necessariamente deveria ter ocorrido ainda com o combustível no avião, sendo a única maneira possível para o envio de chamadas via rádio.

Foi relatado que haviam mais de 100 mensagens de socorro feitas entre os dias 2 e 6 de junho. Tais contatos teriam sido ouvidos em todo o mundo, desde a Austrália até os EUA. Uma dona de casa no Estado americano do Texas disse que ouviu os apelos através de um rádio de ondas curtas.

Amelia teria dito ter aterrissado parcialmente na água e que estava ferida, mas que seu engenheiro estaria muito pior do que ela. No entanto, se os dois estiveram de fato na ilha, ninguém foi ao encontro para prestar socorro.

hangar-33-amelia-earhart-3Amelia e Noonan

Gerald Gallagher, um oficial colonial britânico, descobriu um esqueleto na mesma localidade em 1940. Os ossos foram enviados à Fiji para análises, onde foram medidos e inicialmente identificados como sendo masculinos. Porém, em 1998 foram reexaminados, quando se determinou que era mais provável serem de uma mulher branca e alta. A ossada, no entanto, desapareceu entre esses anos.

Pesquisadores do TIGHAR também descobriram painéis de alumínio com especificações datadas de 1930, que podem ter sido utilizados no avião de Amelia. Eles também dizem que descobriram um sapato tamanho 9, que corresponderia ao tamanho calçado pela piloto.

O avião em si ou partes substanciais dele até hoje não foram encontradas. No entanto, hipóteses apontam que a maré teria puxado as ferragens para o mar. O TIGHAR planeja enviar submarinos para investigar a região em memória ao 80° aniversário do desaparecimento, a ser celebrado em 2017.

Via The Vintage News

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