Comandante Rolim: O homem que humanizou a aviação comercial

Nascido em 15 de setembro de 1942 na cidade de Pereira Barreto (SP), Rolim Adolfo Amaro começou sua trajetória desde muito cedo, quando aos 13 anos de idade foi obrigado a deixar a escola para trabalhar. Para engrossar o orçamento da família, trabalhou como ajudante de motorista de caminhão, office-boy e muitas outras funções, mas a paixão pela aviação despertada por seu tio Joaquim fez com que Rolim, ainda garoto, tivesse um sonho: ser piloto de avião.

Comandante Rolim. Foto: Reprodução

Comandante Rolim. Foto: Reprodução

Aos 17 anos, resolveu tirar o brevê e trabalhou desempenhando pequenas funções no Aeroclube de Catanduva (SP) e conseguiu, apesar de suas dificuldades financeiras, concluir o concurso de piloto. Mas ainda faltava uma etapa: o exame final. Vendeu tudo o que podia para obter o tão sonhado brevê e vai trabalhar, sem remuneração, na Táxi-Aéreo Star, em Londrina (PR). Logo depois, em 1961, ingressou na TAM (Táxi Aéreo Marília) com um forte objetivo: ser o melhor comandante que a companhia já teve.

Em seu início na TAM, Rolim era o último piloto da escala e quando tinha a oportunidade de viajar acompanhado por passageiros, fazia questão de agradá-los da melhor forma possível. Esta conquista individual do cliente era uma obsessão na vida do comandante e a premissa que seria aplicada anos mais tarde em seus negócios.

Em 1966, aceitou o desafio de trabalhar para um projeto agropecuário na Amazônia. Transportou diversos tipos de mercadoria, como arroz, tijolos e até animais. Voava sozinho e cuidava da manutenção da aeronave. Na época, ganhava muito dinheiro, mas contraiu malária sete vezes e tinha crises constantes, algumas em pleno voo.

Ao deixar a empresa por um tempo, Rolim foi voar na região do rio Araguaia, a convite do Banco de Crédito Nacional. O salário permitiu a compra de seu primeiro avião, um Cessna 170. Voando incessantemente sob sol e chuva, conseguiu fundar sua empresa aérea, a Araguaia Transportes Aéreos (ATA). A frota da empresa chegou a ter 15 aviões em apenas dois anos de funcionamento.

O retorno à TAM no início dos anos 70 aconteceu a convite de Orlando Ometto, então proprietário da empresa. Rolim tornou-se sócio minoritário e em 1972 assumiu o controle da companhia. A partir daquele momento, começou a colocar em prática suas iniciativas inovadoras, que revolucionaram a forma de tratar o cliente da aviação comercial.

Comandante Rolim, já no comando da TAM. Foto: Reprodução

Comandante Rolim, já no comando da TAM. Foto: Reprodução

Em 1997, Rolim criou seus Sete Mandamentos, que serviram para guiar o próprio comandante e sua equipe. São eles:

1- “Nada substitui o lucro”

2- “Em busca do ótimo não se faz o bom”

3- “Mais importante que o cliente é a segurança”

4- “A maneira mais fácil de ganhar dinheiro é parar de perder”

5- “Pense muito antes de agir”

6- “A humildade é fundamental”

7- “Quem não tem inteligência para criar tem que ter coragem para copiar”

p2-3

O espírito empreendedor do Comandante Rolim rendeu muitas premiações para a companhia e uma de suas frases mais conhecidas era: “Toda grande obra é fruto da obsessão de um sonhador”.

Rolim Amaro morreu aos 58 anos em um acidente de helicóptero, em 2001, deixando a esposa Noemi e três filhos: Maria Cláudia, Maurício e Marcos.

Fontes:

Terra: [http://economia.terra.com.br/vida-de-empresario/comandante-rolim-humanizou-a-aviacao-comercial-brasileira,f8bfc61122ba9410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html]

TAM: [https://www.tam.com.br/b2c/vgn/v/index.jsp?vgnextoid=b0bd09f1157f2210VgnVCM1000000b61990aRCRD]

 

 

 

 

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