O Voo Ascendente das Aeronaves

Num voo ascendente (para cima), uma aeronave terá duas componentes de velocidade: a VH – Velocidade Horizontal e a R/S – Razão de Subida. A Velocidade Horizontal é lida no velocímetro da aeronave, enquanto que a Razão de Subida é lida em um instrumento chamado Variômetro. O ângulo entre a trajetória ascendente do avião e a linha do horizonte se chama ângulo de subida.

Existem duas velocidades importantes no voo ascendente: a velocidade de máxima razão de subida – que é a velocidade na qual a aeronave, por ter maior velocidade ganha altura no menor tempo possível – e a velocidade de máximo ângulo de subida, que é a velocidade na qual o avião sobe com maior ângulo de subida e uma velocidade menor que a de máxima razão de subida.

p-1Componentes de velocidade no voo ascendente

À medida em que a aeronave ganha altura, a densidade do ar atmosférico diminui. Por este motivo, a razão de subida máxima diminui gradativamente até tornar-se nula no teto absoluto.

Para obter a máxima razão de subida, o avião deve voar na velocidade na qual haja a maior sobra de potência. A razão de subida máxima e o maior ângulo de subida dependem do peso do avião, da altitude do local, da potencia disponível e da área de asas.

O maior ângulo de subida é obtido através de características como baixo peso, baixa altitude, alto potência disponível e grande área de asa. Já a maior razão de subida é obtida através de baixo peso, baixa altitude, alta potência disponível e pequena área de asa.

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Logo após a decolagem, uma aeronave deverá subir com o máximo ângulo de subida (conforme recomendação do fabricante do motor da aeronave), a fim de evitar obstáculos e ganhar bastante altura enquanto estiver próximo à pista. Aumentado a altitude, a potência disponível diminui e a potência necessária aumenta.

No teto absoluto só existe uma velocidade em que a aeronave poderá voar. Essa velocidade é, ao mesmo tempo, a velocidade máxima, velocidade de máximo alcance, velocidade de máxima autonomia, velocidade mínima e velocidade de estol.

Fonte: Livro “Aerodinâmica e Teoria de Voo – Piloto Privado” (Jorge Homa)

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