Via Breitbart
A empresa britânica HybridAirVehicles revelou recentemente um protótipo de dirigível que poderá ser operacionalizado ainda este ano, quase um século depois da era de ouro dos zepelins.
O gigante dos ares, batizado de HAV304 “Airlander”, não é tão grande quanto os zepelins alemães dos anos 1920 e 1930, mas tem 91 metros a mais que qualquer avião atual. Com um pouco mais de 300 metros de comprimento, é a maior aeronave do mundo.
Ele é 60 metros mais longo do que um forro jato 747, a 80 metros mais longo do que o famoso Spruce Howard Hughes, e 30 metros mais longo do que o recordista anterior, o Antonov An-225.
Imagem: Reprodução Hardmob
Pesando 100 toneladas e equipado com quatro motores a diesel turbo V8, o Airlander pode voar a 100 quilômetros por hora e é até capaz de pairar no local por 21 dias – custando somente 818 litros de combustível por dia.
A aeronave também pode pousar em praticamente qualquer tipo de superfície – areia, terra ou mesmo água. Além disso, ao contrário de balões tradicionais ou zepelins, porque é mais pesado que o ar, a Airlander pode pousar por conta própria, sem a necessidade de pessoas no terreno para puxá-lo para baixo com cordas.
Os promotores da ideia elogiam especialmente os aspectos ecológicos do protótipo, capaz de voar três semanas consecutivas. “É 70% mais verde que um avião de transporte”, afirmou Bruce Dickinson, piloto e cantor do grupo de heavy metal Iron Maiden, um dos investidores majoritários do projeto.
Desenhado nas lendárias oficinas inglesas de Cardington, de onde saíram os dirigíveis britânicos do início do século passado, o HAV340 foi pensado inicialmente como um aparelho de vigilância para o exército dos Estados Unidos. Porém, cortes orçamentários levaram os militares americanos a abandonarem o projeto e a empresa britânica comprou o projeto original.
Imagem: Reprodução Hardmob
Agora, a HybridAirVehicles prevê colocá-lo no ar ainda este ano. “Nós vamos voar sobre a Amazônia em 20 pés, mais algumas das maiores cidades do mundo e transmitir a coisa toda na internet”, afirma Dickinson.
A empresa acredita que há mercado para vender de 600 a 1000 aparelhos no mundo e espera comercializar essas aeronaves por até US$ 100 milhões cada. A longo prazo, a aeronave, constituída, como é habitual, com três compartimentos cheios de gás hélio, poderá servir para missões de vigilância e, inclusive, para voos de passageiros.