Companhias aéreas dão início à aposentadoria do veterano 747

Como previsto, o uso do 747 em rotas intercontinentais de longo curso está chegando ao fim. Nos últimos meses, especialmente nas linhas do Pacífico, um dos últimos mercados para o veterano Jumbo, as principais operadoras do 747 aceleraram o processo de aposentadoria do modelo em voos de passageiros.

A mudança na estratégia visa reduzir os custos, visto que,  embora o 747 possua grande autonomia e elevada capacidade de transporte, é economicamente ineficiente no cenário atual. É também reflexo da desaceleração da economia nos últimos anos e à queda na demanda de deslocamento de executivos entre Ásia e Estados Unidos, que passaram a realizar vídeo conferências em diversas ocasiões.

A Japan Airlines, que chegou a possuir a maior frota de 747 no mundo, aposentou sua frota em 2011. A rival All Nippon Airways retirou de serviço seu último 747-400SR, utilizado em rotas domésticas, em março desse ano. Em agosto, a Cathay Pacific realizou o último voo com o 747-400, que decolou de San Francisco para Hong Kong.

Já em setembro, foi a vez também da Philippine Airlines aposentar os seus 747-400, que eram utilizados nos voos para Los Angeles; assim como a Air New Zealand, que realizou o último voo com o 747 na rota entre San Francisco-Auckland.

p3Imagem: Reprodução

Nas Américas, recentemente, a Delta Air Lines anunciou que vai retirar de serviço todos seus 747-400, substituindo o modelo por aeronaves mais modernas e eficientes, como o Boeing 777 e o Airbus A330. Os primeiros três aviões, de uma frota de 16, serão aposentados até o final de setembro, enquanto os demais serão substituídos progressivamente até meados de 2015.

A United Airlines, que ainda opera 23 aeronaves, embora não tenha anunciado a data de aposentadoria, afirma que deverá substituir a frota de 747 de acordo com a chegada de novos aviões, como o 787-9.

Segundo especialistas, a tendência é que as empresas aéreas, com raras exceções, busquem operar exclusivamente aeronaves bimotoras, visando reduzir os custos com combustível e manutenção – o que deverá comprometer inclusive as vendas do A380, que ainda enfrenta dificuldades para convencer os maiores operadores globais de sua viabilidade econômica.

Atualmente, o 747-8 Intercontinental detém apenas 51 pedidos firmes, realizados pela Lufthansa, Korean Air, Arik Air, Air China e Transaero Airlines. Já o 747-8F acumula 69 pedidos, incluindo um recentemente feito pela Cargolux, devido sua grande capacidade de carga, sem similar no mercado.

Via Aeromagazine

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