Ser um verdadeiro comandante requer atributos que não estão nos manuais de aviação, nos regulamentos da empresa e muito menos em normas dos Órgãos reguladores.
Uma resposta simplista resumiria a comandante o título dado ao piloto mais antigo, aquele que ocupa o assento esquerdo da aeronave e tem sob sua responsabilidade a segurança do avião, de sua tripulação e de seus passageiros. Teoricamente, o piloto mais experiente a bordo.
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Para ocupar tal posição, seria preciso proficiência técnica, experiência e conhecimento profundo da aeronave. Isso, quase todos os pilotos podem adquirir. Porém, as reais virtudes deste tipo de profissional vão muito além de apenas capacidades profissionais.
Para considerar um verdadeiro comandante, são avaliados aspectos inerentes ao seu caráter e que devem estar incorporadas a atitudes e posturas no trabalho. Características como serenidade, equilíbrio, temperança, capacidade de ponderação e análise com imparcialidade são qualidades que fazem parte do arcabouço de quem comanda uma aeronave, indo além da rotina de um cockpit.
Ser um comandante é ter um bom caráter em evolução e trazê-lo para o ambiente de trabalho. Atitudes que vão além de um bom currículo. A um piloto novato que deseja seguir o caminho como comandante, vale considerar estas oito dicas a seguir:
Imagem: Reprodução Fly Fighter Jet
1ª – O comando começa dentro de sua casa. Seja justo, paciente e atencioso com os seus familiares. Se conseguir, vai ser fácil levar essa postura para o trabalho;
2ª – Pratique o respeito no meio profissional. Não faça comentários desairosos sobre seus colegas e lembre-se de que ninguém está livre de cometer erros;
3ª – Seja polido, educado e acessível às pessoas, ajudando o outro sempre que necessitar;
4ª – Lembre-se de que você nasceu com dois olhos, dois ouvidos e uma só boca. Adquira a capacidade para observar, ouvir, ponderar e ser comedido ao falar;
5ª – Tenha senso crítico, mas evite criticar em excesso.
6ª – Se não puder ajudar, jamais prejudique. Seja confiável a quem está ao seu lado, sem encobrir falhas graves ou desvios de caráter;
7ª – Sempre dê oportunidades a quem mereça e reconheça o esforço do próximo;
8ª – Saiba ressaltar as qualidades de seus colegas e incentive-os a seguirem em frente com suas características.
Ou seja, o grau de profissionalismo de um aviador não se mede apenas pelo tempo de serviço, ou tamanho da aeronave por ele operada. Um bom aviador pode se transformar em um bom comandante ou passar toda a sua vida profissional sendo apenas um bom aviador.
O pior inimigo no processo de evolução de um piloto é ele mesmo. Educação, cultura, bom senso e práticas de convivência harmoniosa são adquiridos pelo profissional que estuda e está determinado a evoluir. Essas qualidades devem ser praticadas no cotidiano da vida de um profissional de aviação, seja em ambiente de trabalho, familiar ou social.
