Muito se fala em aviões e até navios invisíveis, mas e quanto aos helicópteros?
A concorrência Light Helicopter Experimental (LHX) do Exército dos EUA foi lançada nos anos 1980, com o ambicioso objetivo de criar um versátil helicóptero capaz de realizar muitas missões militares e com capacidade stealth.
O stealth não quer dizer necessariamente que a aeronave não será mais detectada pelo radar. As aeronaves continuam sendo detectadas, mas com o Radar Cross Section (RCS) muito baixo. Dependendo do poder do radar, as aeronaves stealth seriam detectadas, mas seriam confundidas com pequenos animais voadores que apresentam um RCS de uma águia, por exemplo.
A aeronave é capaz de fazer essa proeza refletindo ondas eletromagnéticas ou as absorvendo.
Imagem: Reprodução Meyet.com
A equipe Boeing/Sikorsky ganhou um contrato em abril de 1991. O RAH-66 foi inicialmente planejado para substituir os modelos Bell AH-1, OH-56D e UH-1, assim como o MDD UH-6 no Exército norte-americano.
A aeronave seguiu como um helicóptero de observação e ataque, combinando as missões do AH-1 e os OH-6/OH-58D, mas, com passar do tempo, mais funções e capacidades foram acrescentadas, aumentando o seu peso e o seu custo. O Comanche deveria ser os “olhos” e o poder de fogo dos militares.
Sem dúvida, o Boeing Sikorsky RAH-66 Comanche corresponde ao ideal que o Exército americano tem de um helicóptero de reconhecimento/ataque do século 21. Mesmo quando detectado, ele seria capaz de suportar vários danos causados pela artilharia antiaérea, que derrubariam helicópteros menos resistentes.
Muitas pesquisas em estruturas de compósitos foram realizadas, além de sistemas de integração com Forward Looking Infra-Red (FLIR) de segunda geração. Contudo, 16 anos e US$ 8 bilhões depois, o resultado era apenas pouco mais que dois protótipos e um programa de testes parcialmente completado.
Por sua inviabilidade financeira, todos os aviônicos que serviriam para equipar o Comanche vão agora equipar o Apache AH-64.
