Quem quer ser um controlador de tráfego aéreo?

Via Megacurioso

De acordo com uma pesquisa realizada em 2013, os controladores de tráfego aéreo estão na oitava posição do ranking das profissões mais estressantes da América. Esse nível de stress foi calculado com base em quatro principais características: consequência de erro, pressão, stress e o salário anual.

O stress vem por conta da sua grande responsabilidade e quantidade de tarefas. Em média, um controlador de voo tem que informar corretamente sete aviões de uma só vez, alternando a comunicação entre português, inglês e outras línguas. E, vale lembrar: basta uma informação errada para causar um enorme desastre!

controlador1Imagem: Reprodução Infoaviação

De forma resumida, o controlador de tráfego aéreo é responsável por ordenar e separar as rotas de cada aeronave e também calcular os caminhos mais curtos para seus tráfegos. Ele deve acompanhar a trajetória completa do piloto e sua aeronave.

De modo geral, os diversos órgãos de controle atuam em áreas distintas, com responsabilidades e atribuições relativas à área de atuação, garantindo que as aeronaves possam vencer a todas as etapas do voo em segurança.

Normalmente, a primeira delas é realizada dentro de uma Zona de Tráfego de Aeródromo (na ausência desta, em uma Zona de Controle – CTR), onde, além do controle dos tráfegos dentro da área de movimento e no ar ao redor do aeródromo, o órgão de responsabilidade recebe as informações prévias ao voo, como o planejamento das rotas, estimados de sobrevoo, nível de voo, autonomia, velocidades e algumas outras informações de segurança, através de um formulário padrão conhecido como Plano de Voo.

Os controladores fornecem as coordenadas para garantir um voo seguro (como direção e intensidade do vento, condições de tempo, pressão atmosférica, pista em uso, etc). Logo em seguida, e após todos os “checks” realizados, o avião é autorizado para realizar a decolagem.

controlador4Imagem: Reprodução Wired

A segunda etapa ocorre quando a aeronave, em voo ascendente, passa a ser monitorada pelos radares ASR (radar de vigilância de aeródromo) dentro de uma Área de Controle Terminal ou TMA (conhecida como Terminal) – através de um Controle de Aproximação (APP).

Neste período, o piloto recebe informações e é separado de todas as outras aeronaves no perímetro, prevenindo colisões. Ao sair da área sob responsabilidade de um APP, o avião ingressa na maior etapa do seu voo, conhecida como Regime de Cruzeiro – o voo reto e nivelado.

Neste momento, o monitoramento fica por conta do Centro de Controle de Área (ACC), através de radares de rota, conhecidos como Radar de Vigilância de Rotas Aéreas (ARSR). Instalados dentro dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTAS).

controlador2Imagem: Reprodução Wikipedia

O Centro tem a responsabilidade de prestar continuamente o Controle de Tráfego Aéreo (ATC), garantindo que o tráfego em questão não sofra desvios significativos e chegue ao seu destino com segurança, mesmo em condições meteorológicas adversas .

Próximo ao aeródromo de destino, a aeronave “chama” (ajusta a frequência específica para comunicação) o órgão de aproximação (APP) da região, e assim a coordenação se sucede até que a aeronave pouse em segurança pelos demais órgãos envolvidos (CTR ou TWR – Torre).

O trabalho é incansável: os radares e computadores recebem e enviam informações constantemente, além de estudar e recalcular novas rotas, caso aconteça algum imprevisto. Além disso, a comunicação não acontece apenas entre o piloto e a torre de comando, mas também entre controladores da mesma torre e outros aviões.

controlador3Imagem: Reprodução Wikipedia

A formação das pessoas que executam esse árduo trabalho acontece apenas em escolas especiais, onde se entra somente por concurso. No Brasil, apenas o Instituto de Controle do Espaço Aéreo de São José dos Campos (ICEA), para controladores civis, e a Escola de Especialistas da Aeronáutica de Guaratinguetá (EEAR), para controladores militares, são aptos à capacitação de profissionais.

Embora seja uma profissão muito estressante, ela é muito concorrida e seu setor é relativamente jovem e promissor. Entre os conteúdos exigidos dos candidatos estão noções em meteorologia, navegação aérea, geografia, inglês, amplo conhecimento de aeronaves e também de todas as normas de tráfego aéreo.

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