O Correio Aéreo Nacional (CAN) teve a sua primeira missão no dia 12 de junho de 1931. Um malote com duas cartas deveria ser entregue à sede dos Correios e Telégrafos, em São Paulo, pelos Tenentes Nelson Freire Lavénère Wanderley e Casemiro Montenegro Filho. Para cumprir o objetivo, os militares decolaram do Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, a bordo de um biplano Curtiss Fledgling K-263 com destino ao Campo de Marte, na capital paulista. Como não conseguiram localizar o aeródromo, pousaram no Jockey Clube Paulista da Mooca e completaram a tarefa a pé.
Créditos Newton Fedozzi em www.panoramio.com
A partir daí, iniciava-se a verdadeira saga que, além do transporte de passageiros, levou sob suas asas a solidariedade e a ajuda humanitária aos mais distantes rincões do país. Inaugurava-se, assim, o Correio Aéreo Militar.
Idealizado pelo então Ministro da Guerra, General José Fernandes Leite de Castro, o Correio Aéreo Militar surgiu compenetrado do espírito de “fazer o que a Nação precisa”. Sob o comando do Major Eduardo Gomes, ele se expandiu pelo interior do país.
Com a criação do Correio Aéreo Naval em 1934, as linhas da Aviação Militar se multiplicaram pelo Centro-Sul. O recebimento de aeronaves mais modernas e a marcação de novos campos de pouso possibilitaram a descoberta dos caminhos para a mais remota das regiões: a Amazônia. Em 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, houve a fusão dos Correios Aéreo Militar e Naval, e surgiu o Correio Aéreo Nacional (CAN). A história da expansão do Correio Aéreo Nacional é uma epopeia de heroísmo e idealismo que, certamente, tem a imensa contribuição prestada à integração e à ocupação das longínquas fronteiras do Brasil como uma das suas destacadas conquistas.
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Fonte: adaptado. www.fab.mil.br
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