P-51 Mustang, o rei dos céus americano

O P-51 Mustang foi um caça norte-americano bem sucedido, que segue até sendo reconhecido como o melhor com motor a pistão jamais produzido. Com um longo alcance, inaugurou uma era de caças com excelente desempenho ao entrar em serviço na metade da 2ª Guerra Mundial.

A sua versão definitiva era tracionado por um motor Rolls Royce, carregando um único suporte com armamento de seis metralhadoras de calibre 50 (12.7mm).

mustangImagem: ReproduçãoDevinart

Logo após o inicio da guerra em 1939, o governo britânico, através da Força Real Britânica (Royal Air Force – RAF), estabeleceu uma comissão de compra com os Estados Unidos, liderada por Sir Henry Self. Uma das muitas tarefas de Self era organizar a produção de aviões americanos para a RAF.

Nesse tempo, as escolhas eram bastante limitadas: nenhum dos aviões americanos tinha sequer atingido os padrões europeus de aviação. À época, apenas o Curtiss P-40 Tomahawk tinha chegado perto, mas como a fábrica já operava com capacidade máxima, sua produção e fornecimento eram insuficientes para atender os pedidos.

Foi neste ponto que o presidente da North American Aviation (NAA), o holandês Kindleberger, se aproximou de Self com intenção de lhe vender o novo bombardeiro médio britânico da NAA, o B-25 Mitchell. Em vez disso, Self perguntou se a NAA não poderia produzir o Tomahawk, sob a licença da Curtiss.

A resposta de Kindleberger foi ainda melhor que o esperado: a NAA afirmou que poderia produzir um avião muito mais ágil, com o mesmo motor e em menor tempo.

mustang1Imagem: Reprodução Good day

Deste início improvável, surgiu um dos melhores caças de toda a história. A utilização em larga escala da versão C do P-51 Mustang pela Força Aérea Americana e Força Real Britânica foi decisiva para o sucesso e continuidade dos bombardeios de longo alcance sobre a Europa ocupada, contra a Alemanha e seus aliados.

Com um tanque de combustível extra, era possível atingir uma autonomia de voo que lhe permitia escoltar as missões de ida e volta os bombardeiros aliados. Isso o fazia superior em combate em relação aos caças alemães.

Sendo assim, sua capacidade de penetrar no território inimigo em missões defensivas de escolta ou ofensivas diretas foi responsável por boa parte do sucesso aliado em anular a Luftwaffe e prejudicar a máquina de guerra alemã.

Já na Guerra do Pacífico, sua utilização teve o mesmo fim: ataques aos caças nipônicos em território inimigo. Entre meados de 1944 e fevereiro de 1945, foi o caça de escolta dos bombardeiros americanos, tendo como base principal o aeródromo de Iwojima.

Inclusive, o último contra-ataque japonês nesta batalha foi um ataque noturno, justamente contra o acampamento dos pilotos do P-51.

mustang2Imagem: Reprodução Wikipedia

Seus principais defeitos – a fragilidade na parte inferior ante ao fogo anti-aéreo e a instabilidade de voo para manobrar quando armado com bombas ou foguetes – fizeram, no entanto, os aliados ocidentais privilegiassem a outros aviões mais eficientes para ataques terrestres, como o Republic P-47 Thunderbolt, de fabricação americana, ou o Hawker Tempest, de fabricação britânica.

Mas a sua contribuição para a guerra foi inegável, servindo-lhe muito bem o título de “Rei dos Céus Americano”.

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