Aviador deve manter segurança estando atento à previsão do tempo

Os noticiários reforçam que o El Niño – fenômeno climático que acontece em intervalos de três a sete anos em média, caracterizado pelo aumento anormal da temperatura das águas do Oceano Pacífico na região tropical – deve se fortalecer ainda mais antes do fim deste ano e se tornar um dos mais intensos já registrados. Por ser conectado ao clima global – associado a secas, tempestades e inundações  – essa anomalia tem causado preocupação. O atual El Niño já é o mais intenso registrado nos últimos 15 anos e, segundo os meteorologistas, já está “forte e maduro”.

Tudo começa com uma alteração do comportamento dos ventos alísios. Esses ventos, em condições normais, deslocam-se de leste para oeste em direção ao Equador numa velocidade de aproximadamente 15 m/s, elevando o nível do Pacífico na costa australiana. Então, forma-se uma zona de transição entre águas quentes e frias, e os ventos alísios conduzem as águas mais quentes para oeste e fazem as águas mais frias ressurgirem a leste.

Mudanças nos ventos alísios intensificam fenômeno

Durante a ocorrência do El Niño, a velocidade dos ventos alísios diminui significativamente e, com isso, as águas superficiais se deslocam menos e sofrem um aumento de temperatura. Com o aquecimento atípico das águas do oceano Pacífico, entre a costa do Peru e a da Austrália, todo o sistema de circulação atmosférica é afetado, desde os ventos até as massas de ar. Esse quadro leva a uma evaporação muito mais intensa, aumentado os índices de chuvas em determinados locais e provocando fortes estiagens em outros.

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Faixa vermelha mostra desvio de temperaturas médias no pacífico, ilustrando o El Niño.

O Brasil, por exemplo, sofre muitos impactos em todas as regiões em anos de El Niño. As regiões Norte e Nordeste são atingidas por longos períodos de seca, as temperaturas médias das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste aumentam, e ainda ocorrem excessos de chuvas nesta última região.

mapa-meteorologia-blog-hangar-33Regiões afetadas pelo El Niño no mundo

Aviadores devem estar atentos às previsões de chuva

Por falar em tempestades, é bom que os aventureiros do ar redobrem a sua atenção neste verão que se aproxima. Temperaturas mais altas na superfície significam forte atividade convectiva e acentuada instabilidade do ar, origem de grandes células de tempestades e fenômenos atmosféricos, como ventos ciclônicos e descargas elétricas.

A atividade aérea para desportistas e apaixonados pelo ar só se realiza com a segurança necessária que deve acompanhar os hábitos do piloto. Por isso, jamais deixe de consultar os boletins meteorológicos e ser cauteloso em suas aventuras! E assim o esporte fica ainda mais belo. Se você gostou do post e quer saber mais sobre a importância da meteorologia para a aeronáutica, então vai gostar também de conferir este post!

Até a próxima e bons ventos!

Fonte: Adaptação. Informações técnicas de Portal G1, Revista Escola Abril

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