Catalina – hidroavião que faz parte da história da aviação brasileira

Somos apaixonados por aeronaves e é muito interessante conhecer detalhes e peculiaridades de cada modelo que enche os olhos dos amantes da aviação. Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre um híbrido, o Consolidated PBY Catalina. Esta aeronave é um hidroavião bimotor de uso militar projetada em 1935 para transporte, vigilância aérea e missões antissubmarino. Depois de 1945, versões para uso civil foram utilizadas em diversos países, entre eles o Brasil, com as companhias Cruzeiro do Sul, Panair, Aero Geral, Viação Aérea Santos Dumont, Itaú e Transportes Aéreos Bandeirante.

Hidroavião Catalina também já foi usado pela FAB

A Força Aérea Brasileira também já fez uso deste hidroavião operando 22 unidades do Catalina durante a Segunda Guerra Mundial em missões de patrulha do litoral brasileiro. Sete aeronaves foram entregues em 1943 e outras 15 em 1944. Estas aeronaves foram distribuídas pelo litoral brasileiro realizando buscas contra os submarinos do eixo. Foi exatamente um destes Catalinas, pilotado pelo pioneiro da aviação brasileira, Alberto Martins Torres, que afundou o submarino alemão U-199. Depois da guerra, estes aviões passaram a exercer a função de busca e salvamento.

Hidroavião Catalina

A partir de 1958, os modelos Catalina brasileiros passaram a ser utilizados como cargueiros, fazendo inestimáveis serviços na Amazônia, região carente de infraestrutura aeroportuária. Somente um avião anfíbio poderia operar na maior parte das localidades da região amazônica, utilizando os próprios rios como pista, e o Catalina se adequou perfeitamente ao serviço. Mais de 40 cidades da região amazônica foram atendidas por linhas regulares formadas por hidroaviões Catalina, operados pela Panair do Brasil, que perdeu suas concessões e foi fechada, em 1965, pelo governo militar, provocando o isolamento relativo de diversas localidades da Amazônia, pois nenhuma outra empresa brasileira operava tais aeronaves nos anos 1960.

Avião FAB Catalina - hidroavião

Se você ficou curioso e quer conhecer essa máquina – protagonista de tantas histórias fantásticas – pode visitar um exemplar que está exposto no Museu Aeroespacial – Musal, que fica no Rio de Janeiro.
Mas, se você mora distante e não tem planos de viajar até o Musal, pelo menos por hora, no site da Harald Joergens Photography você pode fazer um tour virtual e conferir como este guerreiro é por dentro, com direito a uma visão de 360 graus de dois compartimentos!

Painel de controle do hidroavião Catalina

Se você curte saber mais detalhes sobre modelos e tipos de aeronaves vai curtir também o post onde falamos um pouco sobre a evolução do avião ao longo da história.
Boa semana e bons ventos!

Fonte: Texto adaptado com informações técnicas de Revista Aeromagazine.

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