Ao se apreciar o voo de um helicóptero, não se imagina o jogo de forças que o fazem decolar e voar de modo estável.Nesta perfeita e admirável sincronia, uma força se contrapõe a outra, ora fazendo com que paire – voo no qual o helicóptero se encontra parado em relação a um referencial, ora fazendo com que suba ou desça, ou ainda fazendo um voo estável, reto e nivelado.
Para se chegar ao que o helicóptero é hoje, foram necessários séculos de estudo e experimentação. Foi no século 15 que o gênio Leonardo da Vinci elaborou a primeira concepção de uma máquina voadora, capaz de se sustentar na vertical.
Embora fosse bastante rudimentar, seu projeto chamado “Helixpteron” serviu de base para o desenvolvimento do helicóptero assim como o conhecemos.
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Nos séculos 17 e 18, muitos inventores voltaram à ideia da criação de uma aeronave de asa rotativa, porém, sem grandes avanços. Foi somente no início do século 20 que o inglês George Cayley construiu protótipos que obtiveram um relativo progresso.
As máquinas criadas por ele esbarravam, no entanto, em um grande problema: a relação massa vs. potência. Em termos técnicos, esta relação é conhecida como “leveza”, definida pela razão entre a massa do motor e a sua potência – e que, evidentemente, deve ser a menor possível! Uma tarefa nada fácil na época, e que segue como um desafio até os dias atuais.
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Uma vez resolvida esta dificuldade, Cayley se deparou com problemas no controle horizontal do helicóptero no voo com deslocamento. A ponta das pás do rotor principal giram com maior velocidade aerodinâmica – logo, com maior sustentação – o que provoca uma tendência no helicóptero de girar em torno de seu eixo longitudinal, realizando um rolamento.
Um verdadeiro quebra-cabeças, este problema característico das aeronaves de asas rotativas só foi resolvido na década de 20 por Juan de La Cierva, a partir do projeto e construção de um autogiro.
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A solução veio a partir da alteração do Ângulo de Ataque das pás ciclicamente, de acordo com o setor em que se encontra, seja aumentando ou diminuindo, até igualar a sustentação da aeronave (entenda melhor como funcionam as forças aerodinâmicas neste post).
Deste ponto em diante em sua história, o helicóptero pôde se aperfeiçoar. Em 1929, Von Baumhauer construiu o primeiro helicóptero com rotor principal e rotor de cauda, em vista de anular o torque (3a Lei de Newton – Ação e Reação). Prontamente, a invenção foi aprimorada pelo russo naturalizado americano Igor Sikorsky.
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Na Guerra da Coréia, o emprego do helicóptero foi praticamente limitado às funções de socorro e transporte de oficiais. Foi somente na Guerra do Vietnã, ao final na década de 1970, que se descobriu o uso efetivo do helicóptero como armamento militar, gerando um desenvolvimento sem precedentes.
Por ocasião de seus diferentes entraves técnicos, o helicóptero, em sua moderna concepção, é ainda considerado um invento recente. Seu aperfeiçoamento é contínuo, demonstrado através de fantásticas máquinas voadoras capazes de pairar no ar e pousar em locais críticos onde jamais qualquer homem poderia imaginar pousar.
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Por conta de sua incrível versatilidade e segurança, estas aeronaves poderosas são empregadas cada vez mais em diversos segmentos, seja na defesa aérea, policiamento, socorro e ações táticas, incluindo serviços de comunicação, transporte de passageiros e locomoção rápida.
